Enquanto caminhamos na estrada chamada vida, vamos encontrando pessoas e sendo encontrados diariamente. Juntos percorremos quilometros e mais quilometros, e vivenciamos as mais diversas manifestações das nossas emoções que é o fruto da nossa construção individual e do coletivo. Há encontros que surgem do “nada” e caminhamos poucos metros ou alguns quilometros na estrada, pois lá na frente surge uma bifurcação e somos “separados” depois das trocas de experiências e das muitas mudanças que provocamos um no outro. Ficam as lembranças e as canções. “Amigo distante eu oro por ti”.
Enquanto caminhamos vamos respirando a poeira deixada no caminho por aqueles que já passaram e também vamos deixando a nossa poeira a nossa história de vida que também vai ser impregnada na vida dos que passarem depois de nós. Não há caminho a ser percorrido se houver medo do contado com a poeira do caminho. Essa poeira fala das nossas fraquezas, das nossas emoções que nos adoece e que também adoece aos que passam pelo caminho. Poeira é coisa de humano, é o que somos: Húmus. Assim Ele nos fez num tabernáculo de barro, do lodo da terra. Se não entendermos isso nunca caminharemos juntos nessa jornada. A ideia de querer ser divino é a tentação mais antiga e instigada dentro do húmus homem. E a religiosidade tem gerado “divinos”, “poderosos” e “intocáveis”. Somos todos do pó da terra, somos poeira, todos da mesma origem e por isso precisamos uns dos outros enquanto caminhamos. Vamos caminhar enquanto há vida …